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Sob pressão do Supremo, Bolsonaro hesita em demitir Weintraub

O acordo que Toffoli não poderá cumprir

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 16 jun 2020, 08h27 - Publicado em 16 jun 2020, 08h00

Dizia-se à época do Brasil Império que fulano ou sicrano não era cavalo que se devesse amarrar à porta. Cavalo bom, de confiança, poderia ficar solto tão logo fosse desmontado. Cavalo ruim, se amarrado à porta, acabava emporcalhando a frente da casa.

Abraham Weintraub, ministro da Educação, não é cavalo que deva ficar amarrado à porta de ninguém. Mas o presidente Jair Bolsonaro amarrou-o à porta do Palácio do Planalto por indicação do filósofo Olavo de Carvalho. E agora está com um problema.

Olavo ficará furioso se mais um dos seus discípulos for demitido do governo. Os três filhos políticos de Bolsonaro, Flávio, senador, Carlos, vereador, e Eduardo, deputado, são contra a demissão. Os bolsonaristas de raiz nem querem ouvir falar disso.

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Por outro lado, os ministros militares são a favor de mandar o cavalo ir pastar ou fazer porcaria em outro lugar. E é grande a pressão de ministros do Supremo Tribunal Federal para que assim seja. Se não for, ameaçam prender Weintraub, que os ofendeu.

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Se dependesse do Congresso, ele já teria sido substituído há muito tempo. Ali, tudo que parta de Weintraub ou que possa beneficiá-lo é barrado. Recente Medida Provisória que dava ao ministro o poder de nomear reitores temporários foi devolvida ao presidente.

Dias Toffoli, presidente do Supremo, ofereceu um acordo a Bolsonaro. Se Weintraub for demitido, o ministro Alexandre de Moraes, encarregado do caso, imprimirá marcha lenta ao inquérito que investiga a máquina bolsonarista de produção de fake news.

Bolsonaro hesita em acreditar que o acordo seja para valer. Primeiro porque Toffoli está no ocaso do seu mandato de presidente. Em setembro, cederá o lugar a Luiz Fux. Segundo, Alexandre parece disposto a dar mais velocidade ao inquérito.

As garantias que Bolsonaro quer em troca da cabeça de Weintraub, o Supremo não lhe dará. Quer a garantia de que seus filhos serão poupados de envolvimento com as fake news. E a garantia de que alguns empresários seus amigos também serão poupados.

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Ontem à noite, o presidente procurava uma saída honrosa para o mau cavalo. Quem sabe ele não poderia ganhar um cargo no exterior? Ou até mesmo um cargo secundário no Palácio do Planalto? Mas no palácio já trabalha um irmão de Weintraub.

À distância segura, a boca aberta do Centrão saliva só ao sentir o aroma de carne assada.

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