Sim, ao pedir e receber 19.441 relatórios sobre movimentações financeiras suspeitas de 412.484 pessoas físicas e de 186.173 pessoas jurídicas, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, tornou-se senhor de segredos que poderão abalar a República. Mas não é isso o que mais lhe importa no momento.
Toffoli está interessado em saber quais foram os agentes públicos que receberam e que possam ter vazado informações financeiras sigilosas sobre pessoas expostas politicamente e com prerrogativa de função. É o caso dele e de alguns dos seus pares no Supremo e em outros tribunais, mas não só.
Daí porque Toffoli reforçou, ontem, a ordem dada ao Banco Central de lhe remeter tudo o que tenha a ver com o assunto. Até a próxima segunda-feira, ele quer saber quais são as instituições cadastradas que recebem os relatórios e quais são os agentes públicos aptos a acessarem tais informações.