A medida da esposa de Gilberto Gil para evitar ‘fofocas’ sobre lei Rouanet
Cantor já foi acusado de usar indevidamente os recursos de incentivo fiscal e tomou decisão sobre patrocínio de shows de despedida
Nesta terça-feira, 6, Gilberto Gil anunciou sua turnê de despedida, Tempo Rei, durante uma coletiva de imprensa em São Paulo. De acordo com Flora Gil, esposa e empresária do cantor, o projeto não contará com leis de incentivo. A turnê será realizada pela produtora 30e em parceria com a Gege Produções, empresa encabeçada por Flora e que administra a carreira de Gil. Os shows também terão patrocínio do Banco do Brasil, Rolex, Correios e Estrella Galicia. “Todos eles estão cumprindo suas obrigações culturais”, nas palavras de Gilberto Gil.
“Para fazer esse projeto de 60 e tantos anos de carreira [de Gil], uma última turnê, não conseguiríamos fazer tudo sozinhos. Buscamos patrocinadores e marcas que fizessem sentido para ele. Não queríamos usar leis de incentivo, nem municipais, nem estaduais, nem federais. A maioria aqui já deve saber o motivo”, contou a empresária. A medida tem razão de ser. “As fofocas”, completou Gilberto Gil. “A fofocada, as piadinhas. Apesar de que, se existe lei de benefício à cultura, ela deve ser usada”, disse Flora.
Ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil já foi acusado de usar indevidamente os recursos da Lei Rouanet para a realização de um show que aconteceu em 2010. Na época, a Gege Produções captou 800 000 reais para o espetáculo Gil + 10, no Teatro Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Em abril de 2017, o Ministério da Cultura encontrou irregularidades na prestação de contas da empresa, considerou o show “inexistente” e determinou o ressarcimento do valor. Gil conseguiu provar na Justiça que a performance havia acontecido e o processo foi anulado.
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