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O Som e a Fúria

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Guitarrista explica a razão do cancelamento do Megadeth no Rock in Rio

A VEJA, Kiko Loureiro desmentiu os boatos de que a banda não tocaria mais no festival pela recusa de Dave Mustaine em se vacinar contra a Covid-19

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 abr 2022, 09h54 - Publicado em 22 abr 2022, 09h29
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  • Depois de muitas especulações sobre o real motivo do cancelamento do show do Megadeth no Rock In Rio 2022, o guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, que faz parte da banda desde 2015, esclareceu a VEJA por videoconferência que a razão  foi, de fato, um conflito de agendas — e não uma negativa do vocalista Dave Mustaine em se vacinar. “Vamos fazer shows no Canadá e na Europa em breve e esses lugares são muito mais rigorosos com a vacina do que os Estados Unidos”, disse o músico.

    “Como brasileiro, eu fiquei bastante chateado com o cancelamento do show no Rock in Rio e sei da importância do festival para os brasileiros. Mas as datas de shows do Rock in Rio, remarcado depois da pandemia, bateu com a nossa turnê nos Estados Unidos”, afirmou. Na mesma data do show no festival fluminense, em 2 de setembro, o Megadeth abrirá o show da banda Five Finger Death Punch, em Houston, no Texas.

    As especulações em torno da vacina de Dave Mustaine começaram após a produção do Rock in Rio afirmar que estava tendo que lidar com artistas que ainda não enviaram os comprovantes de vacina contra a Covid-19. Após o cancelamento da banda, os fãs resgataram uma fala de Mustaine na qual ele dizia que o uso da máscara era “uma grande tirania do governo”. Aliado à falta de justificativas oficiais para o cancelamento – tanto por parte do festival quanto da banda – os fãs ligaram os pontos.

    “Na cabeça dos americanos, é melhor tocar nos Estados Unidos. Tanto que temos uma turnê com quase 30 shows por aqui. Para viajar para a América Latina só para fazer o show no Rock in Rio não compensa. Tem transporte de toneladas equipamento por navio, logística etc. O ideal era conciliar uma turnê com outros países da América Latina ou cidades brasileiras”, diz Loureiro. “Infelizmente a justificativa é essa: conflito de agenda.”

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    O músico voltou a repetir o que já havia publicado no Instagram, dizendo que ele quis aprender a tocar guitarra após assistir o Megadeth em 1991 no Rock in Rio. “Seria uma honra voltar ao festival, agora no palco com a banda. Um ciclo se fecharia. Espero que possamos voltar para uma nova turnê pelo Brasil e América Latina em breve.”

    Kiko também comentou sobre o estado de saúde de Dave Mustaine, que descobriu um câncer na garganta em 2019 e na ocasião cancelou vários shows — inclusive no Rock in Rio daquele ano também. Curado da doença, Mustaine voltou a cantar. “Ele não atinge mais as notas que atingia nos anos 1990. Mas isso não tem nada a ver com o câncer. De 2015, quando entrei na banda, até hoje, a voz dele se manteve igual. Se comparar a voz dele hoje com a voz de dez anos atrás, o câncer não prejudicou. Mas, para ele, sempre foi uma dificuldade cantar. Ele sempre disse que não era cantor e, sim, guitarrista. Esse é o motivo para escolhermos bem o set list. Algumas músicas do álbum Dystopia (2016), ele já canta mais grave”, explicou. 

    Para contornar a dificuldade, Kiko contou que eles afinam as guitarras mais baixo. “Mas isso é normal. Bon Jovi também faz isso. São poucos os músicos que mantiveram a voz intacta. John Fogerty e Rob Halford são alguns deles.”

    Além de Loureiro, a equipe do Megadeth conta ainda com outros três brasileiros. Um deles é o professor de jiu-jitsu Reggie Almeida, que comanda uma academia no Tennessee e recentemente promoveu Mustaine à faixa roxa (penúltima antes da preta). “Ele ajuda o Dave a manter a forma treinando jiu-jitsu. O Dave gosta. É bem divertido ter a presença dele aqui na turnê”, revelou o guitarrista. Os outros dois brasileiros cuidam da parte técnica do show, como o som do palco e a produção. “Formamos uma máfia brasileira.”

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