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O Som e a Fúria

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O fiasco musical que ficou conhecido como o maior show de rock da história

Apresentação realizada em 1965 receberá homenagens nos Estados Unidos na próxima sexta, 15

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 ago 2025, 07h54 - Publicado em 8 ago 2025, 16h08

“Now, ladies and gentlemen… honored by their country, condecorated by their queen and loved here in America, here they are: The Beatles! (“E agora, senhoras e senhores… homenageados por seu país, condecorados por sua rainha e amados aqui na América, aqui estão eles: The Beatles!”).”  A apresentação de Ed Sullivan deu início àquele que pode ser considerado o maior show de rock de todos os tempos. Ele não entrou para a história exatamente por sua qualidade. Longe disso. O quarteto de músicos não conseguiu entender o que estava tocando e o público tampouco ouvia o som produzido no palco.

O show em questão, dos Beatles na casa do time de beisebol New York Mets, o Shea Stadium, nos Estados Unidos, em 1965, marcou o início da turnê americana do Fab Four, ocorrida em meio ao terremoto que ficou conhecido como a beatlemania. A apresentação começou com Twist and Shout, tendo à frente a voz rouca de John Lennon. Ao longo de cerca de trinta minutos, eles tocaram outras onze músicas, parte delas do álbum Help!. Era ainda a fase ingênua da banda, que só passou a sofisticar as composições e arranjos a partir do disco seguinte, Rubber Soul. Mesmo se considerando as precárias condições técnicas, o espetáculo representou um marco. Confira aqui um vídeo com o início da apresentação:

Realizado em um estádio de beisebol, o evento representou o marco inicial da era dos mega-shows: reuniu mais de 55 000 pessoas. Os ingressos se esgotaram em questão de horas. Vale lembrar que, naquele tempo, não havia toda a máquina de divulgação disponível na atualidade, incluindo as ofertas nas redes sociais. A multidão reunida representou um recorde para a época. Até então, o maior concerto de rock ao ar livre havia sido realizado no ano anterior — o de Elvis Presley, com 26 000 pessoas no Cotton Bowl, em Cleveland. O recorde dos Beatles só seria batido muito tempo depois, pelo Led Zeppelin, que tocou em 1973 para 56 800 fãs no Tampa Stadium, na Flórida.

Do ponto de vista musical, a apresentação no Shea Stadium foi um fiasco. Isso ocorreu devido às precárias condições técnicas da época. É verdade que não faltaram esforços para tentar melhorar a qualidade do som. A VOX fabricou para a ocasião amplificadores maiores, aumentando a potência de cada um deles de 30 watts para 100 watts. O que saía de lá era retransmitido para o sistema de alto-falantes do estádio. Mesmo assim, ninguém conseguiu ouvir nada, tamanha a gritaria do público.

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A banda no palco realizou uma espécie de voo cego. Conforme contou em entrevistas, o baterista Ringo Starr tentava adivinhar em que ponto estava nas músicas olhando os gestos dos companheiros da banda à sua frente, de costas para ele. Tempos depois, John Lennon declarou que aquela apresentação representou o ponto alto da carreira do Fab Four. Em 1966, o grupo decidiu não fazer mais apresentações ao vivo, passando a concentrar esforços nas gravações em estúdio, que passaram a ficar mais complexas e desafiadoras.

O histórico espetáculo no Shea Stadium receberá uma homenagem tocante na próxima sexta, 15, durante o jogo entre o New York Mets contra o Seattle Mariners. A celebração contará com a presença de membros da equipe de produção que trabalharam no concerto de 1965, show de fogos de artifício e uma banda cover dos Beatles, a The Tribute.

Não vai faltar no repertório, claro, o grito de Twist and Shout: Well, shake it up, baby, now (shake it up baby).

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