Na noite deste domingo, 12, Rihanna sobe ao palco depois de mais de seis anos longe das apresentações ao vivo. O retorno, é claro, será em grande estilo: a cantora comandará o badalado show de intervalo do Super Bowl, um dos eventos de maior audiência do mundo. O caminho até a NFL, no entanto, foi tortuoso: em 2019, Rihanna recusou-se a participar do evento em protesto ao tratamento dado pela liga ao jogador Colin Kaepernick, expulso por se ajoelhar contra o racismo durante o hino nacional americano, em 2016. Três anos depois, a estrela não revelou o que a fez mudar de ideia, mas comentou o momento. “É importante para mim fazer isso esse ano. É importante para a representatividade, e para que o meu filho veja isso”, disse em coletiva.
Antes de chegar a este ponto, porém, algumas mudanças aconteceram nos bastidores. Contratada da Roc Nation, gravadora do rapper Jay Z, Rihanna não foi a única a boicotar o evento. Em 2018, Jay Z lançou uma música afirmando que disse não ao Super Bowl. “Você precisa de mim, eu não preciso de você”, canta em APESHIT. Dois anos depois, em 2020, a gravadora, que tem Rihanna em seu catálogo, fechou uma parceria com a NFL, dando à empresa influência sobre o show do intervalo. Não se sabe se o acordo teve relação direta com a mudança de ideia de Rihanna, mas desde então, as escolhas para o show têm sido mais diversas e alinhadas ao hip hop. No caso deste domingo, especula-se que o estilo talvez apareça através de convidados especiais.
Sobre o show em si, durante a coletiva do evento, Rihanna revelou que a apresentação terá 13 minutos e será uma “celebração de sua carreira”, com um mix de seus maiores sucessos. A setlist oficial também não foi fácil de ser definida — a imprensa americana chegou a reportar que a artista teria 39 opções de arranjos para escolher.
Outra questão muito especulada é o valor que a cantora receberia pela apresentação. No caso do Super Bowl, as atrações não recebem cachê pelo show — com uma expectativa de atingir 190 milhões de pessoas, o jogo compensa pela visibilidade extrema: quando Lady Gaga assumiu o palco, em 2017, a venda de seus álbuns saltou 1000% e Jennifer Lopez ganhou mais de 2 milhões de seguidores. Por isso, alguns artistas tiram dinheiro do próprio bolso para bancar grandes apresentações — no caso de Rihanna, um porta-voz da NFL confirmou à Forbes que a liga e a Apple Music, patrocinadora do evento, vão cobrir os custos.
A cantora ainda deve aproveitar o momento para impulsionar ainda mais suas marcas de maquiagem e lingeries: ambas lançaram edições especiais para o jogo, como moletons com tema de futebol, camisas com a inscrição “show da Rihanna interrompido por um jogo de futebol, estranho mas tanto faz”, batons temáticos e até uma esponja de maquiagem em forma de bola.