Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99

Paulo Cezar Caju

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O papo reto do craque que joga contra o lugar-comum
Continua após publicidade

Os técnicos medrosos não são exclusividade nossa

"Professores" como Fernando Santos, de Portugal, prestam um desserviço e destroem a carreira de muitos jovens talentos

Por Paulo Cezar Caju Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jun 2021, 15h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Não quero fazer parte da turma dos estatísticos, mas posso garantir que o medo de perder está destruindo o futebol mundial. Pelo menos 80% dos treinadores não entram em campo pensando em jogar bonito e vencer, mas acovardados, na retranca, com um batalhão de zagueiros-gladiadores dispostos a tudo para acabar com a graça dos atacantes. Esses “professores” prestam um desserviço e destroem a carreira de muitos jovens talentos.

    Assine a revista digital no app por apenas R$ 8,90/mês

    Vejam o caso de Portugal, por exemplo. O treinador Fernando Santos nos últimos 15 jogos venceu apenas três, País de Gales, Marrocos e Hungria. E jogando feio demais. Aposta apenas na inspiração de Cristiano Ronaldo, que nem sempre vem. Percebe-se que há uma geração boa de portugueses, pessimamente aproveitada. Do que adiante convocar e não usar? Pedro Gonçalves, do Sporting, artilheiro do campeonato português, muito pedido pela torcida, não entrou um minutinho sequer, nem contra a Bélgica quando precisava reverter a situação. Sabem a razão de não ter entrado? Porque os técnicos só gostam de marcadores. Essa mentalidade precisa mudar.

    Atacantes estão sendo trocados por “homens de contenção”. Futebol virou canteiro de obra? A República Checa não era favorita nem da sua chave e eliminou a Holanda, que vem apostando em uma nova geração. Perdeu justamente por essa inexperiência. Mas qual contribuição a República Checa apresenta ao futebol? Zero! Áustria, País de Gales e tantas seleções medrosas também são mais do mesmo. Croácia, Dinamarca, Bélgica sempre tentam, mesmo que não consigam. Ah, mas a Bélgica ainda não mostrou o seu futebol, dizem os especialistas das bancadas. Vai jogar contra um time que apenas se defende, onze atrás! Marcar é fácil.

    • Relacionadas

    Não, por acaso, já pensam em eleger Kanté, um volante, como o melhor do mundo. Será que Kanté não funcionaria melhor em outra função, de criação? Lembram-se do fenômeno Toró, que seria o novo Pelé? Terminou a carreira como volante, correndo atrás dos outros quando deveria ser o contrário. Culpa dele ou de algum treinador medroso? Futebol não é isso!

    A Itália vem conseguindo esse equilíbrio, defesa segura e ataque criativo. Futebol é para ser jogado, leve, solto e não apenas de um lado. Por isso, torço demais para que o nordeste continue mantendo suas boas atuações, assim como o Bragantino. Fernando Diniz deu uma aula no Atlético Dinheiro, que dizer, Mineiro. Seria lindo esses times avançando cada vez mais porque está insuportável aturar essa forma de jogar, essa geração de treinadores caras e bocas, treinadores faniquitos, de discursos prontos.

    Me perdoem, mas para mim são estelionatários do futebol porque vivem nos entregando gato por lebre. Como de costume, fecho a coluna com uma frase dos analistas de computadores para vocês tirarem as próprias conclusões: “o time faz a ligação direta porque tem jogadores reativos pra finalizar no último terço do campo”.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.