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Pé na estrada

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Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino

Clássico repaginado: Brasil ganha primeiro modelo assinado pela Singer

Pioneira entre as empresas de 'restomod' que recriam veículos históricos com mecânica e detalhes modernos, a americana entregou o primeiro carro brasileiro

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2025, 17h36 - Publicado em 4 jul 2025, 17h35

No mercado de customizações de carros clássicos e de luxo, nenhum outro nome gera tanto respeito e admiração quanto o da Singer. Criada em 2009 com o propósito de reimaginar aquela que é considerada pelo fundador, Rob Dickinson (primo de Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden), a melhor versão do Porsche 911, a empresa ficou conhecida pelo design único, que mescla o clássico e o novo, e pelo cuidado extremo em cada detalhe da construção de seus veículos.

Agora, o Brasil tem um Singer para chamar de seu. Um exemplar, encomendado em 2021, acaba de chegar ao país para ser entregue ao comprador, cuja identidade é mantida em segredo. Com carroceria em azul escuro (Dark Sapphire Metallic, tonalidade usada originalmente pela Jaguar), interior em couro caramelo com costuras aparentes, detalhes em aço fosco e manopla de câmbio em madeira, além de vários outros detalhes, o Singer Brazil Commission é uma obra de arte automotiva.

Interior do carro, com volante de três raios e bancos em couro caramelho
Interior do carro, com volante de três raios e bancos em couro caramelho (Matheus Guerra/Divulgação)

A base é um 964, geração do 911 considerada “definitiva” por Dickinson e vendida originalmente entre 1989 e 1994. Apesar do visual clássico, o chassi é mais resistente que gerações anteriores e considerado robusto o suficiente para passar pelo processo de “restomod”, ou seja, pegar um veículo que marcou época e usar motores e sistemas modernos, mantendo o visual, mas adicionando tecnologia e potência. Apesar de usar exclusivamente carros da montadora alemã, a empresa americana não tem nenhuma relação com a Porsche,

O portfólio da Singer começou com um único modelo, o 964. No início, era chamado apenas de “Porsche 911 Reimagined By Singer”. Durante cerca de nove anos, foi o único veículo oferecido. Depois, com a chegada de outras opções, passou a ser conhecido como Classic Study. Hoje, a Singer tem no portfólio o DLS Turbo Study, uma interpretação do DLS feita em parceria com a Williams, o Turbo Study, criado a partir do Porsche 930 sobre o chassis do 964, e o Carrera Coupe, com motor refrigerado a ar e água (normalmente, os outros modelos são feitos apenas com refrigeração a água). 

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Assinatura da Singer indica que se trata de um modelo único
Assinatura da Singer indica que se trata de um modelo único (Matheus Guerra/Divulgação)

O processo de customização começa com o carro. Qualquer um pode comprar um 964, mas a Singer precisa fazer a avaliação completa do veículo antes de aceitar o trabalho. Depois, ele é enviado para a planta da empresa na Califórnia – há outra, na Inglaterra, onde é produzido o DLS Turbo Study. Lá, o cliente pode escolher todos os detalhes de acabamento e personalização. E cada interpretação é única. Não dá para escolher um detalhe igual a outro carro. O que se mantém com padrão é a carroceria, sempre de fibra de carbono (apenas o chassis é aproveitado). E a Singer usa como base um motor 3.8 biturbo, além de um sistema de escapamento de titânio. O processo todo leva cerca de três anos, incluindo o período de espera até o modelo entrar na linha, e cerca de um ano e meio de produção.

Aqui, no Brasil, o modelo da Singer chegou por meio da GTO Car Specialists, boutique automotiva fundada em 2018 pelos sócios e apaixonados por carros Fábio Amaja, Leone Andreta e Renato Viani. A empresa se especializou em importar modelos exclusivos, como a McLaren P1 (uma das três únicas no país) e coleções completas de Ferrari. Tem uma unidade em Miami, destino tradicional de brasileiros endinheirados, e ajuda os clientes brasileiros a comprar veículos que nunca virão ao Brasil, como um Pagani Utopia Roadster que ficará na Europa. Hoje, o estoque da unidade no bairro de Moema, em São Paulo, inclui preciosidades como uma Ferrari 512 BB e uma Maserati Ghibli, entre outras. Segundo Leone Andreta, eles querem vender carros para apaixonados, pela exclusividade, e não apenas pelo valor de mercado.

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Manopla do câmbio é feita em madeira
Manopla do câmbio é feita em madeira (Matheus Guerra/Divulgação)

Embora o preço de um carro como o Porsche Singer seja estratosférico. No caso do Classic Study apresentado à imprensa, o valor base é 850 mil dólares. Com todos os opcionais, fica 300 mil dólares mais caro. E o Brazil Commission inclui tudo que é possível acrescentar ao carro, do ganho de potência do motor (um 4.0 biturbo) até o sistema de conectividade para smartphones. Hoje, o Classic Study está esgotado e a fábrica trabalha apenas para finalizar as entregas já feitas. Dá para pedir um Carrera Coupe, por valores a partir de 1,3 milhão de dólares, ou um DLS Turbo Study, por 2,7 milhões, mais opcionais. O valor não inclui frete e impostos, claro.

Daqui a alguns anos, o Singer azul não será o único representante brasileiro. Um segundo Porsche 964 já foi encomendado e estava exposto na GTO ao lado do modelo restaurado. Com carroceria preta, ele será enviado aos Estados Unidos para começar o longo processo de transformação.

Detalhe do escapamento em titânio
Detalhe do escapamento em titânio (Matheus Guerra/Divulgação)
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