Com novo Song Pro, BYD quer consolidar presença entre os SUVS híbridos
Novo modelo da montadora chinesa foi apresentado oficialmente e será o primeiro veículo com produção nacional confirmada
A BYD apresentou oficialmente nesta quarta-feira, 10, o Song Pro, novo SUV híbrido plug-in (que pode ser recarregado na tomada) que chega em breve ao mercado brasileiro. Trata-se de uma versão posicionada abaixo de seu outro SUV eletrificado, o Song Plus. O veículo será comercializado com preço promocional de R$ 189.800 na versão mais básica, GL, e R$ 199.800, na versão topo de linha, GS, válido para as primeiras três mil unidades, todas importadas da China.
O modelo também será fabricado no Brasil na fábrica de Camaçari, na Bahia, comprada pela empresa chinesa. É o primeiro modelo confirmado pela BYD, que deve produzir até 10 diferentes veículos na planta. Outros modelos, como o Dolphin o Dolphin Mini, bem como a picape Shark, são outros dos modelos que podem ser fabricados por aqui. Mas até agora apenas o Song Pro foi oficializado. “Queremos que ele seja um carro brasileiro”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, no evento de lançamento.
Há pequenas variações entre as duas versões do SUV. A bateria é a principal delas. A versão GL tem 12,9 kwh, que garantem 70 quilômetros de autonomia no modo elétrico. Há um pacote de segurança robusto, com frenagem de emergência, e abertura das portas pelo celular usando o sistema NFC, o mesmo usado em cartões. A versão GS, mais completa, tem bateria maior, de 18,3 kwh, que garante até 110 quilômetros no modo elétrico. Vem ainda com ajuste elétrico no banco do motorista e carregador de celular por indução. A autonomia total do modelo GS divulgada pela empresa é de 1100 quilômetros.
O Song Pro chega para brigar por mais espaço no bastante concorrido segmento dos SUVs eletrificados. O Song Plus, da própria BYD, é o modelo que tem melhor desempenho da marca chinesa, mas começa em R$ 230 mil. Concorre com a linha Haval H6, da concorrente GWM, que tem tanto híbridos convencionais (por R$ 216 mil) quanto híbridos plug-in (com preços entre R$ 239 mil e R$ 319 mil). E com o Corolla Cross, da Toyota, que tem duas versões híbridas convencionais, mas com a vantagem do motor flex, oferecidas por R$ 203 mil e R$ 213 mil. Da Caoa Chery há uma opção híbrida plug-in do Tiggo 8, vendida a R$ 240 mil. Se contar híbridos leves, o segmento fica ainda mais disputado. Nesse caso, a estratégia da BYD é oferecer um preço atrativo e um conjunto que favorece o conforto e a boa autonomia.
Primeiras impressões sobre o BYD Song Pro GS
Tivemos a opção de fazer um rápido test drive a bordo da versão topo de linha GS. De cara, o que chama a atenção é o acabamento, com muitas superfícies macias ao toque. O ajuste elétrico do banco do motorista faz diferença, permitindo um ajuste fino da posição de dirigir. O painel de instrumentos tem um tamanho adequado, nem tão pequeno e nem tão grande, com 8,8 polegadas. Já a tela de giratória de 12,8 polegadas é grande, como já é padrão nos modelos da marca.
A direção é macia e suave e a experiência a bordo é silenciosa e confortável. No modo de direção Sport, a resposta é rápida no momento de fazer uma ultrapassagem ou trocar de faixa. Não foi possível testar toda a performance do modelo, mas fica claro que no trânsito o rodar é tranquilo. A suspensão também está mais calibrada para o mercado nacional, não tão macia quanto outros modelos da empresa, que chegam a incomodar (como é o caso do Dolphin Mini).