Primeiras impressões: novo E-2008 é aposta da Peugeot em eletrificação
Totalmente elétrico, o modelo de apelo esportivo da montadora francesa marca a nova estratégia da empresa no Brasil
Apresentado na última semana, o novo E-2008, versão totalmente elétrica do SUV da Peugeot, marca um novo momento da montadora francesa no Brasil. Trata-se da aposta da empresa na eletrificação. Tanto que este será o novo “flagship” da marca, ou seja, o veículo que mostra o que há de mais moderno em tecnologia disponível para o consumidor final. Assim como seu antecessor, deve compartilhar muita coisa com a versão à combustão, o que dá maior liberdade a quem ainda prefere passar no posto de combustível em vez de carregar seu carro na tomada.
Por enquanto, seu preço não foi divulgado – o que deve acontecer junto com o lançamento de sua versão à combustão. Com um valor competitivo, pode ser uma opção interessante. Mas o segmento é concorrido: Renault Megane E-Tech, Volvo EX30 e os chineses BYD Dolphin Plus e GWM Ora GT são alguns dos competidores que disputam o mesmo público.
Confira três pontos que chamam a atenção no novo E-2008 em um breve contato com o carro:
Nova identidade visual
O design do e-2008 é totalmente novo. O modelo é o primeiro a apresentar a nova identidade visual da Peugeot, com o logotipo do leão na cor preta, com um novo desenho. Os faróis diurnos anteriores, no formato do “dente de sabre”, foram substituídos por três “garras de leão”. O interior mantém o layout, mas o modelo GT, único que será oferecido por aqui, tem acabamentos diferenciados, como o uso de Alcantara nos bancos, desenhados com pegada esportiva. O volante é menor, com desenho próprio, que também remete a um modelo de apelo esportivo. O quadro de instrumentos tem tela de 10 polegadas de alta definição e um interessante efeito em 3D.
Melhoria na bateria e na potência
A potência do novo E-2008 é de 158 cv, um ganho de 15% em relação à versão anterior. O torque se manteve em 26,5 kgfm. São números suficientes para o tamanho do carro, que entrega boa dirigibilidade graças ao motor elétrico. E a capacidade da bateria aumentou um pouco, de 50 kWh para 54 kWh. A autonomia projetada é de 260 quilômetros – ainda pouco, em comparação com outros concorrentes. Há um pacote bem completo de assistências ao motorista, como alerta de ponto cego, frenagem automática de emergência e sistema de permanência na faixa, entre outros.
Condução empolgante, mas a um preço
Em um breve test drive pelas ruas de São Paulo, foi possível perceber que o E-2008 entrega uma boa experiência ao volante. Há três modos de condução. O Eco, como o nome deixa claro, é voltado para a economia da bateria. Feito para rodar com tranquilidade e conforto, sem grandes emoções. No modo Normal, o veículo fica mais ligeiro e entrega maior aceleração em uma ultrapassagem, por exemplo. Mas ainda mantém um equilíbrio entre a entrega total da potência e a economia de bateria. No modo Sport, claro, ele entrega uma experiência muito mais empolgante, com o motor entregando todo o torque de forma instantânea. A direção precisa e a suspensão equilibrada, nem tão dura, nem tão macia, proporcionam uma experiência divertida. Mas a um preço: o gasto de bateria é maior, e é bom ficar atento à autonomia.