No ano que vem, o Renegade, o icônico SUV da Jeep que fez tanto sucesso no Brasil, completará 10 anos. Nesse tempo, bateu a marca de 500 mil unidades vendidas, ganhou algumas ligeiras modificações no design, trocou de motor e ganhou diferentes versões. Embora tenha sido descontinuado em outros mercados, como o americano, por aqui terá vida longa. A Jeep confirmou que em 2025 o Renegade ganhará quatro novas versões, incluindo uma série especial limitada posicionada acima de todas as outras.
A proposta é ter uma linha maior, com opções para o consumidor. A versão mais básica é a 1.3 Turbo, em referência ao motor (ou “sem nome”), vendida a R$ 116 mil. Acima dela, a Sport dará lugar à nova Altitude, com equipamentos como tecnologias semiautônomas, por R$ 147 mil. A Longitude, uma das mais procuradas hoje, será mantida, por R$ 166 mil. Acima dela haverá a nova Night Eagle, que tem mais algumas tecnologias, como monitoramento de ponto cego e design escurecido nas rodas e logos, por R$ 171 mil. Há alguns anos, a Jeep oferecia um pacote chamado Night Eagle para o modelo Sport, com teto bicolor, bancos de couro e central multimídia maior. Agora, entra no lugar do chamado Dark Pack.
A partir daí, a hierarquia muda um pouco. Se o cliente quiser manter a tração 4×2, poderá optar pela nova versão Sahara, que tem teto solar panorâmico e conectividade embarcada, além da possibilidade de optar por uma nova cor, Slash Gold (a mesma do Commander). A Sahara custará R$ 173.990. Se preferir a versão com tração nas quatro rodas, terá a já conhecida versão Trailhawk, que antes era a mais cara da gama, pelo mesmo preço: R$ 173.990 – uma redução de 14 mil ao preço atual, mas que foi obtido pela perda de alguns itens, como o alerta de ponto cego, o retrovisor fotocrômico e o sensor crepuscular e de chuva.
Por fim, haverá o topo de linha Willys, com tração 4×4, teto solar panorâmico e rodas de liga leve de 17 polegadas com pneus ATR Plus, para terrenos acidentados, além da exclusiva cor Verde Recon, que volta ao cardápio após alguns anos. Essa edição será limitada a 500 unidades e custará R$ 180 mil.
As mudanças devem chacoalhar o setor dos SUVs compactos, ou B-SUVs, como a categoria é conhecida. Quando chegou, em 2015, o Renegade tinha apenas 3 concorrentes diretos: o Honda HR-V, o Renault Duster e o Peugeot 2008. Hoje, são 18. Tanto que o modelo da Jeep chegou a ser o líder em vendas, mas perdeu fôlego. Nos últimos tempos, no entanto, parece ter reagido e já bate 3 mil unidades emplacadas mensalmente.
Apesar da variedade de versões, o design continua o mesmo, com pequenas modificações. Segundo Hugo Domingues, vice-presidente da marca Jeep na América do Sul, o principal motivo que faz com que os consumidores escolham o modelo é justamente o visual. Embora um facelift deva acontecer no futuro, por enquanto ele mantém suas características.
Expedições na natureza vão testar capacidade dos carros
Além das novidades relacionadas ao Renegade, a marca está lançando a Jeep Nature, uma série de expedições para clientes e potenciais compradores. Serão 30 eventos em 30 cidades diferentes do país, com trilhas guiadas que poderão ser percorridas com veículos próprios da marca ou modelos de test-drive. A proposta é promover o estilo de vida associado com os jipes, ao ar livre, em percursos que nem todo carro encararia.
Será possível escolher entre as trilhas para tração 4×2, menos desafiadoras; trilhas para os carros equipados com tração nas quatro rodas; e trilhas mais extremas – essas só disponíveis para quem tem um Wrangler ou a picape Gladiator, os dois veículos da marca com maior capacidade off-road.
A primeira edição acontecerá neste sábado, 27, em Atibaia, a cerca de 80 quilômetros de São Paulo. A região é um destino popular entre os trilheiros pelas belezas naturais e proximidade da capital. Percorremos apenas um pedaço da rota, mas foi possível perceber que a escolha do trajeto foi caprichada, com vários trechos de terra batida, subidas e trechos em estradinhas de pista simples.