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A semana de vitória de Haddad sobre Gleisi e a chancela de Lula

VEJA Mercado: Vitória de Haddad e resultado da Petrobras colocam o petróleo no centro das atenções

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 11h22 - Publicado em 4 mar 2023, 10h01
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  • Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva (R) and Finance Minister Fernando Haddad (L) shake hands during the presentation and signing of new economic measures at the Planalto Palace in Brasilia, on January 12, 2023. (Photo by Sergio Lima / AFP)
    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula  (Sergio Lima/AFP)

    VEJA Mercado | Fechamento da semana | 27/02 a 03/03

    A relação do governo federal com a indústria petrolífera ganhou capítulos contundentes na semana entre o final de fevereiro e início de março. Por um lado, a muito aguardada reoneração da gasolina e do etanol pelo ministro Fernando Haddad foi fonte de grande alívio para os que prezam pelo equilíbrio das contas públicas. Paralelamente, a primeira distribuição de dividendos da Petrobras sob a gestão de Jean Paul Prates, correligionário de Haddad, chamou atenção pelo volume – históricos 35 bilhões de reais – e uma singela ressalva: se depender de Prates, cerca de 20% desse montante será destinado à uma reserva que possa subsidiar o preço do petróleo em altas no mercado internacional, algo a ser definido pela assembleia geral da empresa ao final de abril. Nesse sentido, vale lembrar que a conquista de Haddad, a reoneração dos combustíveis, também veio com a sua ressalva: uma taxa de 9,2% sobre a exportação de petróleo bruto. Assim, dois dos principais braços econômicos do governo, a Fazenda e a Petrobras, deram motivo para o mercado comemorar na última semana, mas sem que interesses distintos também fossem atendidos.

    Após um embate angustiante entre a ala mais populista, representada por Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante, e a ala mais fiscalmente responsável do PT, que hoje tem Haddad como maior símbolo, o pragmatismo econômico saiu vitorioso, mesmo que fazendo concessões. Não tendo conseguido fazer com que a oneração dos combustíveis voltasse ao seu patamar original, o ministro da Fazenda optou por criar a taxa sobre exportações, que tem validade de quatro meses, a fim de  garantir a arrecadação que viria dos impostos. Outro aspecto da disputa petista pelos combustíveis que vale ser lembrado foi o papel de Jean Paul Prates. Querendo ou não, Prates auxiliou Haddad nessa disputa. No dia seguinte a uma reunião entre os dois e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras anunciou uma redução de 13 centavos por litro, ou 3,92%, no preço da gasolina nas refinarias. A queda no preço divulgada na última terça-feira, 28, calhou como um “colchão” que vai amenizar o efeito da volta dos impostos e, segundo o ministro da Fazenda, influenciou na definição da reoneração.

    Quanto à questão dos impostos sobre os combustíveis, não há muito a se especular, com tudo indicando se tratar de uma decisão definitiva. O caso contrasta com expectativas sobre a Petrobras, que, apesar de viver um momento de bonança, não se sabe o que será da empresa em questão de alguns meses com sinalizações de maior intervenção. Como revelado na quinta-feira, 2, a estatal teve lucro líquido de monumentais 188 bilhões de reais em 2022, o maior da história para uma empresa de capital aberto no Brasil. Junto disso, veio a notícia dos 35 bilhões em dividendos e o pedido para que 20% deles fossem para um fundo estratégico. Apesar dos valores animadores, a companhia teve um desempenho ruim na bolsa de valores na esteira dos anúncios. Críticas de Lula à distribuição de dividendos pela Petrobras foram apontadas como a razão para a queda nas ações. O petista manifestou achar um absurdo que o montante seja destinado a acionistas minoritários quando poderia ser investido no país. Com isso, seguem as incertezas sobre como o governo poderia intervir de maneira mais incisiva na política da empresa.

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    No setor privado, dois resultados negativos ganharam destaque na semana. A Hapvida reportou um prejuízo de 316 milhões de reais no quarto trimestre de 2022, enquanto a BRF divulgou prejuízo de 956 milhões para o mesmo período. O dado preocupante da operadora de saúde foi suficiente para fazer as ações caírem 35% durante a tarde do dia do anúncio, além do banco Credit Suisse escrever em nota que vê um ano pressionado para a companhia. Já no caso da BRF, as ações tiveram um bom desempenho apesar do prejuízo quase bilionário. Os motivos, segundo analistas, são um plano robusto de desinvestimentos da empresa e bons números de sua divisão brasileira.

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