Em uma onda de indignação contra a PetraGold, grupo financeiro carioca, uma série de processos na justiça tira o sono da empresa. São mais de vinte ações movidas contra a companhia na Justiça e mais de uma centena de protestos no site ReclameAqui. Investidores acusam a impossibilidade de retirar seu capital das alocações administradas pela PetraGold, o que configuraria fraude. As ações já somam mais de 7 milhões de reais, com clientes pedindo valores substanciais que chegam até 2,5 milhões de reais.
A PetraGold já havia sido alvo de investigações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), devido a suspeitas de irregularidades no comércio de ativos financeiros. A Comissão concluiu em 2019 que o grupo oferecia produtos com características de oferta pública sem o aval da instituição, à época suspendendo a oferta.
No Instagram, um perfil intitulado “petragold_oficial”, inativo desde 2021, conta com dezenas de acusações. Já o perfil oficial da empresa foi tornado privado, impedindo que reclamações o dominassem. Além disso, uma conta crítica à empresa foi suspensa da rede e depois rapidamente substituída por outra, que já acumula quase três mil seguidores. Também no Instagram, Renan Nazário, advogado que atua em um dos casos contra a PetraGold, afirma ter tido sua conta pessoal bloqueada pela companhia.
Em nota, a PetraGold informa que não há fraudes no seu processo de debêntures, o que ocorre é um problema de liquidez. “Nesse período, a empresa jamais se negou a dar andamento aos pedidos. Pelo contrário, a empresa está pagando os resgates, sendo que alguns investidores já receberam mais de 90% do seu saldo (já com rendimentos)”, diz a empresa, que afirma estar buscando “as soluções necessárias para resolver todos os problemas que nossos investidores possam vir a enfrentar”.
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