Gutierrez praticou “ato de desespero”, diz Americanas
De acordo com a defesa da empresa, ex-CEO da Americanas criou um “narrativa completamente ilusória e vitimista”
Os advogados que representam a Americanas protocolaram, neste domingo 10, um documento no Tribunal de Justiça de São Paulo em resposta às declarações do ex-presidente da Americanas Miguel Gutierrez — que implicaram o acionista Beto Sicupira diretamente na gestão das contas da empresa. De acordo com a varejista, Gutierrez teria criado um “narrativa completamente ilusória e vitimista”, segundo a defesa, “para tentar confundir a opinião pública e escamotear seus gravíssimos ilícitos”. “O papel de vítima não convenceu. A invectiva ‘ignorância’, como se não soubesse de nada que passava no grupo Americanas, também não faz sentido”, diz o documento.
Segundo o documento, a “nababesca declaração transparece, tão somente, um ato de desespero, praticado por um homem que presidiu uma das principais empresas varejistas durante cerca de 20 anos e agora objetiva desviar o foco e emplacar uma narrativa de vítima”. A empresa chama os fatos narrados por Gutierrez de “uma teoria da conspiração, com absoluta subversão da realidade e dos seus deveres legais na qualidade de administrador do grupo Americanas”. Ainda de acordo com a empresa, representada pelos escritórios Basílio e Salomão, Gutierrez submetia mensalmente ao conselho de administração os relatórios financeiros, mas que os controladores “nunca foram informadas operações de risco sacado com os bancos”.