A bolsa brasileira virou a queridinha dos estrangeiros. Diante das incertezas quanto a política de juros americana e da profunda desvalorização do Ibovespa frente aos mercados desenvolvidos, os gringos correram pra cá em busca de oportunidades. Somente em janeiro, já são 22,96 bilhões de reais de origem externa injetados na bolsa, até o último dia 25. Depois de tanto dinheiro, as companhias listadas na bolsa começaram a reportar à B3 que bancos e gestoras internacionais estão comprando fatias relevantes das ações em negociação no mercado. A Via informou que o banco Morgan Stanley atingiu posição equivalente a 5,4% do número total de ações da companhia. Já o Banco Inter revelou que a gestora BlackRock passou a deter 5,05% dos papéis em circulação na bolsa. A gestora vai contra o que disse a alguns brasileiros em Nova York, em dezembro passado, quando disse que não colocaria mais dinheiro no Brasil no governo Bolsonaro. Segue a premissa de que o que vale são as pechinchas. O Inter vale 66% menos do que valia há seis meses.
Em ambos os casos, o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário das companhias. Às 15h, as ações de Banco Inter e Via subiam 5,9% e 3,9%, nessa ordem, mas ainda acumulam desvalorização de mais de 10% no ano.