Guedes deixa novo valor do auxílio emergencial nas mãos de Bolsonaro
Ministro recomendou o corte para 300 reais, mas deixou a cargo do presidente escolher o tamanho do benefício
O Ministério da Economia abriu mão de definir o valor para a prorrogação do Auxílio Emergencial até o fim do ano. Sugeriu, apenas, que fosse cortado para 300 reais. Paulo Guedes deixou a cargo de Jair Bolsonaro e Onyx Lorenzoni, o ministro da Cidadania, o valor final. Na cabeça de Guedes, o orçamento de 2020 aceitará qualquer número, mas uma prorrogação dos 600 reais causará uma deterioração fiscal mais aguda. O anúncio da prorrogação está previsto para esta terça-feira, 1º. Atualmente, o auxílio custa aos cofres públicos cerca de 50 bilhões de reais por mês.
O martelo será batido no início da tarde, quando o presidente se encontrará com ministros envolvidos com o projeto. No encontro estarão Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Onyx Oliveira (Cidadania) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), que defendem maiores gastos do governo, e Paulo Guedes, que defende a contenção fiscal. O anúncio virá depois da reunião.
Quanto ao Renda Brasil, projeto que substituirá o Bolsa Família e dará continuidade ao auxílio, Guedes não encontrou ainda uma solução para chegar aos 300 reais almejados pelo presidente.
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