A população feminina passou a representar a maioria dos inscritos no curso do protocolo “Não se Cale”, iniciativa do governo do estado de São Paulo que visa promover auxílio a vítimas de violência de gênero nos setores de entretenimento, gastronomia e lazer. Até o início de outubro, as mulheres eram 51,6% dos inscritos — patamar marginalmente acima do constatado no levantamento anterior, de 49,5%. Os números são da Secretaria de Políticas para a Mulher de São Paulo. Também é apontado que a maioria dos inscritos, ou 64% deles, são jovens, com até 39 anos. O curso é on-line e obrigatório para profissionais de bares, restaurantes, casas noturnas e estabelecimentos similares.
A meta do governo é de 1,5 milhão de pessoas capacitadas, mas tem liberado as vagas paulatinamente devido ao tamanho desse contingente. Entre o lançamento do protocolo, em agosto, e a última terça-feira, 3, se inscreveram 14.561 pessoas. Na terça, foram estabelecidos prazos para que os trabalhadores dos setores impactados concluam o curso. São 90 dias para quem atua em bares, casas noturnas e similares; 120 dias para restaurantes; e 150 dias para os demais estabelecimentos de eventos. O Procon de São Paulo tem a competência de fiscalizar o cumprimento do protocolo.