O presidente da Apex, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Jorge Viana, como todo membro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, celebra a melhora da relação entre Brasil e França, evidenciada pela visita do presidente Emmanuel Macron ao país nesta semana. No entanto, também aponta para um novo foco ocasionado por esse contexto. “Agora que a relação entre os dois países foi recuperada, nosso desafio é entregar, gerar resultado”, diz em entrevista ao Radar Econômico durante o Fórum Econômico Brasil-França, na Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, nesta quarta-feira, 27. Viana assinou nesta tarde oito protocolos com a Business France, agência francesa equivalente à Apex, que visam promover a parceria comercial entre os países. Em sua avaliação, é possível avançar nesse sentido, apesar de “diferenças naturais” entre França e Brasil, como demandas do setor agropecuário que têm travado o acordo Mercosul e União Europeia.
O presidente da Apex lembra que o ex-presidente Jair Bolsonaro e Macron são notórios desafetos um do outro. “Nossa relação com a França, que é muito antiga, foi abalada pela maneira descortês que o ex-presidente tratou a família de Macron”, diz em referência a quando Bolsonaro zombou na aparência da primeira-dama francesa, em 2019. Buscando estabelecer um contraste entre os chefes do Executivo brasileiro, Viana elenca a viralização de publicações nas redes sociais para argumentar que a visita de Macron ao Brasil é um marco na relação entre os países. “A visita virou um grande sucesso nas redes entre ontem e hoje, com gente falando em pré-casamento ou casamento entre os dois”, diz.