A gestora de crédito Captalys, fundada em 2010, obteve um tombo expressivo nesta quinta-feira, 22. O patrimônio líquido do premiado fundo Orion, principal ativo da gestora, que estava próximo a 1,75 bilhão de reais, sucumbiu para cerca de 1,5 bilhão de reais. Além disso, fontes afirmaram ao Radar Econômico que foram desligados cerca de 150 funcionários nos últimos dias — há um ano, eram mais de 350. Especula-se em grupos de WhatsApp de investidores que o motivo da derrocada seria a desistência da abertura de capital por parte da empresa em março deste ano. A Captalys teria emitido um título de dívidas (debênture) com o BTG Pactual e, posteriormente, não teria arcado com o pagamento. “Foi o maior problema. Funcionários colocaram dinheiro lá dentro, dinheiro da vida de alguns, esperando que fosse sair o IPO”, diz um investidor que prefere não se identificar. A rentabilidade dos fundos da Captalys está sumindo e deixando fontes do mercado preocupadas.
Depois da publicação, a Captalys encaminhou posicionamento ao Radar Econômico, reproduzida na íntegra a seguir: “A Captalys não foi procurada antes da publicação da nota para que pudesse dar esclarecimentos, apenas depois, quando os danos pela divulgação já tinham sido causados. Informamos que ao contrário do que foi publicado, a Captalys não “obteve um tombo expressivo”, o patrimônio da empresa não “derreteu na quinta-feira”, o patrimônio líquido do fundo Orion não estava em 1,75 bilhão de reais, não desligou 150 funcionários, e não deixou de fazer qualquer pagamento referente a debênture emitida com o BTG Pactual”.