O duro recado do UBS sobre a economia americana que pode refletir no mundo
VEJA Mercado: números de inflação surpreenderam os economistas e redefiniram projeções para os próximos meses
O banco suíço UBS avalia que os números de inflação dos Estados Unidos em setembro zeraram qualquer expectativa de que os preços arrefeçam em território americano no curto prazo. Dito isso, os economistas enxergam altas de juros mais agressivas no horizonte do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, e passam a trabalhar com uma taxa de juro terminal no intervalo entre 5% e 5,25% em fevereiro de 2023. “Esperamos ouvir mais participantes do Fed argumentando por levar as taxas para 5%. Os dados de setembro zeraram o relógio para quando o Fed pudesse ver a desinflação com confiança, isso aumenta as chances de que a sequência de aumentos de 0,75 ponto percentual continue”, escrevem em relatório enviado a clientes.
Agora, o UBS espera duas sucessivas altas de 0,75 ponto percentual e uma de 0,5 ponto percentual em fevereiro de 2023. Juros mais altos elevam a aversão ao risco e diminuem a atratividade das bolsas, além de aumentar o risco de uma recessão no país. Se tratando da maior economia do mundo, os efeitos respingam nas decisões dos investidores mundo afora.