A renúncia da primeira-ministra britânica, Liz Truss, provocou volatilidade nas bolsas europeias e no câmbio. A libra esterlina fechou em alta de 0,4% frente ao dólar americano na última quinta-feira, cotada a 1,12 dólares. Só que, para os economistas do JP Morgan, o efeito é temporário e surge como uma espécie de cortina de fumaça frente à forte pressão que a moeda britânica deve sofrer nos próximos meses. Apesar do respiro no curto prazo provocado por fatores políticos, a leitura é de que a projeção de um tímido crescimento econômico e de fortalecimento dos preços no país deve pesar contra a libra nos próximos meses. “Grande parte do impulso positivo da moeda já foi esgotado”, afirma o banco. “Do ponto de vista estratégico, portanto, mantemos a visão de que a alta da libra está limitada ao alívio político, enquanto as perspectivas de crescimento fraco amplificado por medidas de austeridade e inflação alta no próximo ano devem manter a libra sob pressão em uma crise ampla”, concluem.