O temor do governo Lula envolvendo a Linha Amarela no Rio
Quebra da concessão poderia assustar investidores privados
Cresce no governo de Luiz Inácio Lula da Silva a preocupação com a votação no Supremo Tribunal Federal envolvendo a reestatização da Linha Amarela, no Rio de Janeiro. O relator do caso, Luiz Fux, votou a favor da concessão da linha expressa, como está definido em contrato antigo entre a prefeitura do Rio de Janeiro e a concessionária.
Mas os ministros Carmen Lúcia, Rosa Weber, Alexandre de Moraes e Kássio Nunes votaram pela ruptura do contrato. O alerta no governo, especialmente o núcleo mais próximo do presidente Lula, tem um motivo especial. Boa parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, dependem de concessões.
Para alguns ministros que acompanham o caso de perto, a quebra da concessão na Linha Amarela poderia assustar investidores privados interessados na expansão das obras e serviços previsto no principal programa de desenvolvimento do governo. O governo de São Paulo também partilha do mesmo temor. Importantes obras do governador Tarcísio de Freitas dependem de concessões e, claro, da confiança do setor privado.