O ultimato de Moraes a Trump e aos bancos e a promessa de Lula a Macron
Mercado debate o silêncio dos bancos sobre a Lei Magnitsky, o alívio das tarifas ao Brasil e o compromisso de Brasil e França
Mercado | 21 de agosto de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quinta-feira, 21. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ameaçou punir os bancos brasileiros que imponham restrições a cidadãos com base em decisões unilaterais estrangeiras. Moraes afirmou em entrevista à agência Reuters que não é possível confiscar bens, congelar fundos ou bloquear propriedades de cidadãos brasileiros sem validação doméstica e que os bancos que aplicarem a legislação americana estão sujeitos punições no Brasil. Ele disse ainda que espera uma revogação por parte da Justiça americana das sanções impostas a ele pelo presidente americano Donald Trump.
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que os Estados Unidos aliviaram as tarifas sobre produtos manufaturados que levam aço e alumínio. O Departamento de Comércio decidiu estipular uma alíquota única de 25% sobre os produtos do mundo inteiro — incluindo o Brasil, que havia recebido uma tarifa de 50% —, o que deve gerar um alívio de até 14 bilhões de reais ao país. O índice de confiança nas exportações da CNI despencou 5 pontos entre os meses de julho e agosto e caiu ao menor nível em quase 2 anos — reflexo do pessimismo provocado pelo tarifaço. A CNI vai liderar uma comitiva aos Estados Unidos para negociar com autoridades, empresas e entidades americanas.
O presidente Lula telefonou ao presidente francês Emmanuel Macron e os chefes de Estado se comprometeram em acelerar as negociações para assinar o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia ainda no segundo semestre de 2025. Diego Gimenes entrevista Nícolas Merola, analista da EQI Research. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
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