Pesquisas apontam diferenças na percepção sobre os rumos da economia
Levantamentos mostram dados divergentes sobre percepção de perspectivas em torno de dados econômicos
Duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira, 25, e publicadas por VEJA, mostram uma confusão de dados sobre a percepção dos rumos da economia do país. Como mostrou o Radar Econômico, um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da FSB Holding, mostra que a maioria dos brasileiros, cerca de 53%, está otimista com o cenário econômico para os próximos seis meses. A perspectiva de melhora no período se contrasta com a de 22% das pessoas, que creem em uma economia pior no início de 2024. Outros 21% apostam na estabilidade.
Em paralelo, uma pesquisa da Quaest realizada em parceria com a Genial Investimentos mostra que o otimismo com os rumos econômicos nos próximos seis meses, diminuiu. Os que acreditavam que a economia iria melhorar no espaço de um ano eram 59%, em agosto, e agora são 50%. Já os que acreditam que a economia vai piorar no próximo período eram 22% e agora somam 28%. Os que acreditam que vai continuar como está são 18% agora e eram 16% há dois meses.
A FSB afirma que os dados são baseados em perguntas diferentes, “dando a entender que as duas referidas pesquisas (CNI/IPRI e Genial/Quaest) estão dando diagnósticos divergentes para uma mesma questão. No entanto, os dados comparados no texto são oriundos e duas perguntas absolutamente diferentes”.
“A pergunta da Genial/Quaest que resulta no dado de 49% na direção errada e 43% na direção certa é se ‘O Brasil está indo na direção certa ou errada?’. Já a pergunta da CNI/IPRI é se a ‘economia vai melhorar ou piorar nos próximos 6 meses?’. Esta pergunta gera um resultado de 53% vai melhorar, 21% ficar igual e 22% piorar”, diz.
“No relatório público da Genial/Quaest, há uma pergunta bastante parecida com a aplicada pela CNI/IPRI. A Genial/Quaest pergunta: ‘Nos próximos 12 meses, qual a sua expectativa em relação à economia?’. Este dado, conforme imagem abaixo, mostra que 50% falam em melhora, 18% em manutenção e 28% em piora, dados bastante semelhantes aos da CNI/IPRI. Ou seja, não há divergência entre as pesquisas, pois ambas apontam que metade da população aposta em melhora da economia”, afirma a FSB.