O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem jogado contra interesses de deputados e senadores e membros do Executivo na discussão do projeto de lei (PL) dos “combustíveis do futuro”, que versa sobre incentivos aos biocombustíveis. Prates articula pela inclusão do diesel co-processado, um produto da petrolífera, no programa que está sendo desenhado pelo Congresso. Tem gente contra a ideia, não considerando o diesel co-processado um biocombustível, e priorizando o aumento da produção de biodiesel que decorreria da aprovação do PL nos moldes atuais. A Petrobras também pressiona pela retirada do trecho que estipula a adição de biometano ao gás natural, defendendo que isso elevaria custos para a indústria. Incomodados, interlocutores do governo acreditam que o movimento da estatal em relação ao PL pode acarretar em prejuízos para a pauta verde no Congresso. O projeto dos “combustíveis do futuro” foi aprovado na Câmara na quarta-feira, 13, e segue para o Senado.