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‘Única explicação para proibir fundos é arrecadar’, diz especialista

Cerco a fundos de previdência exclusivos não visa combate à distorção, segundo Bruno Monsanto

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 09h17 - Publicado em 29 fev 2024, 12h34

A taxação de fundos de investimento exclusivos, aprovada pelo Congresso em 2023, corrige uma distorção no mercado financeiro do Brasil, mas o mesmo não poderia ser dito sobre a proibição de novos fundos de previdência exclusivos, implementada na última semana, segundo Bruno Monsanto, assessor da RJ+ Investimentos. “Nenhum dos nossos clientes está se sentindo injustiçado com a taxação. Pensam ‘estou pagando imposto como todo mundo paga’, mas previdência é outra coisa”, diz ao Radar Econômico. Para o economista, o cerco a fundos de previdência exclusivos — que têm vantagens tributárias — só faz sentido para fortalecer a arrecadação do governo federal, não corrigir distorções. “A única explicação é querer arrecadar, não combater desigualdades. Se por acaso acham ruim os ‘super ricos’ terem acesso a investimentos que ninguém mais tem, então o mais lógico seria proibir esses fundos de vez”, diz.

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