Debate agora já é o tamanho da alta de juros no Brasil, diz Danilo Igliori
VEJA Mercado: economista-chefe da Nomad diz que discussão deixou de ser a possibilidade e que cenário atual torna improvável manutenção da Selic a 10,5%
VEJA Mercado | 04 de setembro de 2024.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quarta-feira, 4. O resultado do PIB do Brasil voltou a surpreender o mercado financeiro. No segundo trimestre de 2024, o crescimento foi de 1,4% — bem acima do consenso de mercado, que apontava para alta de 0,9%. O dado mais forte que o esperado já abre margem para um crescimento anual de 3%, assim como aconteceu nos anos de 2022 e 2023. Os setores de serviços e indústria foram os grandes destaques, bem como o consumo das famílias e a chamada taxa de investimentos. Um ranking elaborado pela Austin Rating coloca o PIB do Brasil como o de segundo maior crescimento no segundo trimestre entre 50 países. Por outro lado, o PIB deve criar um problemão para o Banco Central.
O aquecimento da economia corrobora uma piora nas projeções de inflação do Brasil e pode demandar altas de juros no Brasil. Economistas já entendem que é alto o risco de a inflação estourar o teto da meta e que o BC pode intervir nos juros já na reunião de setembro. Além do PIB, a valorização do dólar e a bandeira vermelha da conta de energia também devem pesar sobre os preços. Diego Gimenes entrevista Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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