VEJA Mercado | 17 de junho de 2024.
Dados mensais do varejo e da indústria da China dão o ritmo dos mercados neste começo de semana. No Brasil, a ampla expectativa é pela próxima reunião do Copom, marcada para quarta-feira. O evento da semana deve marcar a interrupção do ciclo de cortes nas taxas de juros brasileiras iniciado em agosto do ano passado. O ponto de maior atenção é a possível divisão entre os votos dos diretores, uma vez que o BC não prometeu cortes de juros nesta reunião. Em maio, a decisão dividida e os votos contrários tiveram como principal razão o chamado forward guidance do BC, ou seja, a antiga promessa de cortar os juros em 0,5 ponto percentual.
A reunião do Copom acontece em meio à disparada do dólar e a derrubada do Ibovespa, que é negociado na mínima do ano — abaixo dos 120 mil pontos. As ações da Petrobras também estão próximas da mínima do ano depois de trocas no comando de algumas diretorias da estatal. O governo ainda tenta administrar sua crise política em Brasília e encontrar maneiras de compensar a desoneração da folha de 17 setores da economia brasileira este ano. O presidente Lula admitiu no último final de semana que vai tratar de uma revisão de gastos com os ministros responsáveis pelo orçamento. Uma reunião entre ele e os ministros Fernando Haddad, Simone Tebet e Esther Dweck acontece nesta segunda-feira.
O Boletim Focus traz novidades nas projeções de mercado para a economia brasileira. Os economistas e gestores consultados não esperam mais cortes de juros no Brasil este ano. A expectativa é de que a Selic será mantida a 10,5% ao ano até o final de 2024. As projeções de inflação voltaram a subir e já beiram a casa dos 4%. Diego Gimenes entrevista Victor Furtado, chefe de alocação da W1 Capital. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter e LinkedIn, a partir das 10h.
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