Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado/IPRI identificou que quase 8 em cada 10 brasileiros consideram muito importante o controle das fake news nas redes sociais para que haja uma disputa eleitoral justa.
Quando questionados sobre a importância do controle de conteúdo falso nas redes sociais durante o período eleitoral, apenas 10% dos entrevistados apontaram a medida como “nada importante”, seguidos por 9% que consideraram “pouco importante”, números bem distantes dos 78% que acham muito importante.
Além disso, o levantamento apontou que a ampla maioria (81%) acha que a divulgação de fake news pode afetar muito o resultado das eleições. Apenas 11% acreditam que o impacto é pouco, seguidos por 9% que consideram nulo, Outros 2% não souberam ou preferiram não opinar.
De acordo com Instituto, os números refletem a percepção de que a integridade eleitoral depende de medidas eficazes contra a desinformação.
Responsabilização das plataformas
O DataSenado também levantou o percentual daqueles que concordam com a responsabilização das plataformas digitais pela disseminação de notícias falsas, e notou que o número varia conforme o posicionamento político do entrevistado.
De modo geral, 81% concordam com esse tipo de medida, mas o apoio chega a 95% entre os que se identificam com a esquerda e cai para 65% entre os que se classificam como de direita.
O coordenador da pesquisa, José Henrique Varanda, disse que os resultados respaldam a Justiça Eleitoral nas regulamentações que buscam evitar vantagens indevidas.
“A ampla maioria da população brasileira usa as redes sociais. Isso faz a gente pensar até onde o problema é que as pessoas estão expostas a notícias que não conseguem identificar como falsas ou até onde há um uso deliberado, consciente, destas como ferramenta de instrumentação social, inclusive política” destacou.
O Instituto DataSenado, em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, entrevistou 21.808 pessoas de todo o Brasil entre os dias 5 e 28 de junho deste ano. O nível de confiança no levantamento é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais foi de 1,2 ponto porcentual.