A campanha de Jair Bolsonaro está desesperada por doações, como mostrou o Radar na edição de VEJA que está nas bancas. Em números já declarados ao TSE, o presidente recebeu 51,8 milhões de reais em recursos até o momento, valor que representa pouco mais de 40% que os 125,6 milhões de reais à disposição de Lula.
Apesar de a receita atual do candidato à reeleição ser mais de 20 vezes maior que as despesas contratadas na campanha vitoriosa de 2018, um aliado próximo de Bolsonaro diz que ele está fazendo uma “campanha de pobre”.
Para economizar gastos neste segundo turno, por exemplo, o presidente passou a viajar de jatinho Legacy da FAB, e não no Airbus A319, que ficou conhecido como “AeroLula”.
“Por ele, viajaria até de moto, mas não dá mais pra ser assim”, comenta o integrante do governo, sob condição de anonimato.
“Ele também não tem um marqueteiro à altura de uma campanha presidencial”, acrescenta o bolsonarista, em referência ao publicitário Duda Lima — nome escolhido por Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Vale lembrar que o próprio Bolsonaro sempre se orgulhou da campanha de “guerrilha” que fez há quatro anos, creditando a eleição ao trabalho do seu filho 02, o vereador Carlos Bolsonaro, nas redes sociais.
Ainda sobre os números da campanha do presidente: cerca de 65% (33,6 milhões de reais) dos recursos foram recebidos de doações de pessoas físicas e os outros 35% de partidos — PL e PP. No caso de Lula, o PT e o PSB injetaram 98% do dinheiro para a candidatura do petista.