Após uma semana de ataques de Lula a Roberto Campos Neto, o ministro Fernando Haddad passou panos quentes sobre o Banco Central ao comentar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária divulgada nesta terça-feira.
“A ata está muito aderente ao comunicado, não tem nada de diferente no comunicado, o que é bom e transmite a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar cenário externo e interno para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados”, disse Haddad nesta manhã.
O ministro da Fazenda descartou uma indicação de aumento da taxa de juros e enfatizou que “interrupção” foi o termo usado na ata sobre o ciclo da Selic.
“Eventuais ajustes se forem necessários e sempre vão acontecer. O que é importante frisar é que a diretoria fala em uma interrupção no ciclo”.
Haddad ainda falou sobre o impacto da tragédia no Rio Grande do Sul na inflação. Para o ministro, as sucessivas enchentes não devem ser levadas em conta na política monetária, uma vez que os problemas do RS têm urgência para serem resolvidos, enquanto o BC mira para um horizonte de longo/médio prazo.
“O juros de hoje está afetando 12, 18 meses para frente, enquanto a situação do RS nós todos estamos trabalhando para que seja superada”.