Abin paralela monitorou auditores que apuraram rachadinha de Flávio
Investigadores foram orientados a “encontrar os podres” de servidores da receita que relataram esquema na Alerj
Auditores da Receita Federal responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que deu origem à investigação sobre esquema de desvios de salários no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foram investigados pela Abin paralela, de acordo com relatório da Polícia Federal.
Agora senador, Flávio Bolsonaro foi acusado, em 2020, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de recolher salários de funcionários públicos em seu benefício, quando era deputado estadual.
Com a estrutura da inteligência sob o governo de Jair Bolsonaro, agentes teriam sido instruídos a “encontrar os podres” dos auditores da Receita que apuraram o suposto “caso da rachadinha”.
A informação consta em relatório da Polícia Federal sobre a chamada Abin paralela, que embasou a ordem de Alexandre de Moraes para operação da Polícia Federal nesta quinta-feira.
Segundo a PF, foram investigados em “ações clandestinas” com “uso da estrutura estatal para fins pessoais”, os auditores Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homem da Silva e José Pereira de Barros Neto.