PF mira corrupção na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste
Agentes cumprem 34 mandados de busca e apreensão e medidas judiciais de sequestro de bens em quatro estados
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a segunda fase da Operação Cianose, com o objetivo de recuperar os valores desviados na compra de respiradores pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, o Consórcio Nordeste, durante a pandemia de covid-19.
Segundo a corporação, agentes da PF cumprem 34 mandados de busca e apreensão e medidas judiciais de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal da Bahia, nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os delitos investigados incluem crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de capitais e organização criminosa, informou a Polícia Federal.
A primeira fase da operação foi deflagrada há mais de dois anos, em abril de 2022, contra uma empresa contratada pelo Consórcio Nordeste por 45 milhões de reais para fornecer 300 ventiladores pulmonares durante o pico inicial da pandemia no Brasil.
Formado pelos nove estados da região Nordeste, o consórcio sempre foi alvo de acusações de bolsonaristas, principalmente na CPI da Pandemia, quando, diante do esforço da oposição para investigar os atos do governo federal, pediam que fossem apuradas as compras feitas pelos governadores nordestinos, que faziam oposição ao governo Jair Bolsonaro.