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Aeroporto de Brasília veta anúncio contra Temer

Depois de acertar valores e local de exposição, agência voltou atrás ao ver conteúdo dos cartazes elaborados pela ONG Avaaz

Por Gabriel Mascarenhas Atualizado em 27 jul 2017, 20h39 - Publicado em 27 jul 2017, 16h15
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  • A ONG Avaaz foi impedida de veicular dois anúncios no aeroporto de Brasília, embora já tivesse acertado valores e locais de instalação dos banners. Não por acaso.

    As peças, direcionadas aos deputados, apelavam para o voto em favor da admissibilidade da denúncia contra Michel Temer.

    Um deles dizia que o “inverno chegou” para o presidente e alertava: “não deixem que ele chegue para vocês também”. O outro, mais pesado, traz uma foto de Temer com um texto acusatório embaixo: “O rei da noite da corrupção”.

    O contrato de 25 000 reais previa a exposição por uma semana, a partir de segunda-feira, num ponto do embarque e outro no desembarque.

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    Cartaz da Avaaz vetado no aeroporto de Brasília (Avaaz/Divulgação)

    Ao receber os dois cartazes, a JCDecaux Brasil, encarregada de comercializar os espaços publicitários no terminal, voltou atrás e avisou à Avaaz que não poderia expor mensagens de cunho político.

    O recado não foi formalizado por escrito, apenas por telefone. Relacionamento é dinheiro.

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    Para a Inframerica, consórcio que administra os aeroportos de Brasília e Natal, incomodar o comandante do governo responsável pelas concessões no país pode representar problemas no futuro.

    O veto deixou a turma da Avaaz uma arara. A ONG lembra que o Netflix estampa no mesmo aeroporto propagandas da série “House of Cards”, carregadas de mensagens políticas.

    “Eles podem nos calar ali, mas não podem deixar de ouvir a voz do povo nas redes sociais, nas ruas, ou na semana que vem, quando os brasileiros exigirão que Temer responda à Justiça como qualquer outro cidadão”, diz Diego Casaes, da Avaaz.

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    (Atualização: A Inframerica entrou em contato para informar que a decisão sobre a veiculação da campanha não passou por seu crivo e que tal incumbência cabe a uma empresa contratada).

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