Anderson Torres associou PT ao PCC em reunião ministerial
Jair Bolsonaro foi multado nesta quinta-feira por insinuar uma relação entre o partido político e a facção criminosa durante as eleições de 2022

Durante reunião ministerial de 5 de julho de 2022, Anderson Torres pede a palavra após um longo discurso de Jair Bolsonaro. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública se mostra extremamente preocupado com o que poderia acontecer caso Lula vencesse as eleições.
Ele diz que percebe um cenário “se organizando”, e diz que “existe medo velado hoje porque realmente é ameaçador”. Torres afirma que “o outro lado joga muito pesado, senhores”.
Depois das lamentações, o então ministro faz um pequeno relatório do trabalho feito pela Polícia Federal.
“Mas estamos aí, presidente, desentranhando a velha relação do PT com o PCC. A velha relação do PT com o PCC”, disse. “Isso tudo tá vindo à tona. Isso não é mentira. Isso não é mentira”, acrescentou.
As falas constam em inquérito que baseou a Operação Tempus Veritatis, que prendeu aliados de Bolsonaro, suspendeu militares, e cumpriu dezenas de mandados de busca e apreensão, incluindo em endereços de Torres e do ex-presidente. A reunião ministerial também é citada no ofício, porém, foi disponibilizada na íntegra pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira.
Nesta quinta-feira, mesmo dia da operação da Polícia Federal, O Tribunal Superior Eleitoral aceitou uma denúncia da campanha de Lula de 2022 sobre propaganda irregular. A ação se referia, justamente, a associação do Partido dos Trabalhadores ao Primeiro Comando da Capital, em publicações nas redes sociais de Bolsonaro. O ex-presidente terá de pagar 15.000 reais de multa.