O senador Randolfe Rodrigues recorreu ao presidente do STF, Luiz Fux, para que seja declarada a suspeição de André Mendonça em sua primeira relatoria.
O mais novo ministro da Corte, empossado nesta semana, foi sorteado para analisar a notícia-crime apresentada pelo parlamentar contra Bolsonaro após declarações do presidente indicarem que ele teria favorecido o empresário Luciano Hang junto ao Iphan.
Na quarta, durante evento na Fiesp, Bolsonaro disse que “ripou” funcionários do instituto do patrimônio histórico em razão da interdição de uma obra em uma loja da Havan no Rio Grande do Sul. Como se sabe, Hang é aliado de primeira hora de Bolsonaro.
Além de citar a “estreita relação” entre Mendonça e o presidente da República, Randolfe assinala que o agora ministro do Supremo esteve à frente da Advocacia-Geral da União até agosto de 2021 e que Bolsonaro efetuou uma troca na diretoria do Iphan em dezembro de 2019.
“(…) se percebe que o ministro foi advogado-geral da União durante o período em que o Presidente da República promoveu a mudança da cúpula do órgão administrativo, tornando-se temerária sua atuação neste processo por sua vinculação direta aos fatos ocorridos”, diz o senador.