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Brasil

Após debate sobre deslocar Cracolândia, polícia avança contra traficantes

Governo desistiu da ideia de transferir fluxo de dependentes e forças de segurança ampliam combate a vendedores de crack em São Paulo

Por Ramiro Brites SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h08 - Publicado em 22 jul 2023, 20h34

Usuários de crack fecham completamente as esquinas da rua Helvetia com Alameda Cleveland, na região conhecida como cracolândia, em São Paulo (Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA/VEJA)

A Polícia Civil deflagrou neste sábado uma operação para prender vendedores de drogas na Cracolândia. A diligência foi confirmada ao Radar pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

“A 1ª [Delegacia] Seccional (Centro), por meio de suas distritais e especializadas, realiza na noite deste sábado (22), uma operação contra o tráfico de drogas na região central de São Paulo. A ação está em andamento e detalhes serão passados ao término dos trabalhos”, diz a SSP, em nota.

As forças de segurança pretendem fechar o cerco de traficantes de grande e pequeno porte que atuam na região da Avenida Rio Branco e na Rua dos Gusmões, área central da capital paulista, onde está o chamado “fluxo” da Cracolândia. Novas operações devem ocorrer nos próximos dias.

A diligência ocorre após o governo estadual recuar de uma ideia ventilada nesta semana por Tarcísio de Freitas. Na quarta-feira, o governador anunciou a intenção de transferir a Cracolândia para a Rua Prates, no Bom Retiro, também na região central de São Paulo. A ideia era manter os usuários de crack próximos a serviços de saúde e assistência social, mas após considerar outros fatores, o governo recuou.

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“A estratégia de direcionar o fluxo para o Complexo Prates será revista. Novas possibilidades para solucionar o problema da Cracolândia estão sendo estudadas e serão divulgadas em breve”, disse o governo, em nota publicada na sexta-feira.

O deslocamento da Cracolândia foi rechaçado por comerciantes e moradores da região. Com intenso comércio têxtil e de vestuário, o Bom Retiro recebe consumidores de todo o país e a transferência dos usuários poderia prejudicar a atividade econômica. Após a repercussão negativa, Tarcísio sobrevoou o espaço e constatou a dificuldade da execução do plano.