A tragédia que matou 242 pessoas em uma casa noturna no interior do Rio Grande do Sul completa, na próxima sexta, 10 anos. Com o lema “resgatar a memória é construir o futuro”, entidades que representam familiares de vítimas e sobreviventes do incêndio da Boate Kiss organizam uma série de atividades que inicia às 19h desta quarta.
Uma intervenção vai percorrer o caminho da praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, até o local do incêndio com imagens do fotógrafo Dartanhan Baldez Figueiredo, que acompanhou a luta protagonizada pelos pais das vítimas por justiça durante a última década.
Outro trabalho de imagens para reforçar a memória das vítimas é organizado pelo coletivo “Kiss que não se repita”. A exposição “Tempo Perdido” tenta reproduzir como seriam hoje os rostos dos jovens mortos pelas chamas em 27 de janeiro de 2013, caso não tivessem falecido. A exposição também conta breves biografias das vítimas e de como foram parar na boate naquela trágica noite.
Até sexta, data dos dez anos de incêndio, ocorre uma série de palestras com escritores, jornalistas e militantes por justiça neste caso e também do da boate argentina de Cromagnon, onde um incêndio vitimou 194 pessoas na casa noturna de Buenos Aires, em 2004. A programação também terá uma missa ecumênica e exibição de documentário sobre a tragédia em praça pública.