A bancada ruralista enviou ofício ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, em que solicita “investigação imediata e avaliação de prisão temporária ou prisão preventiva do Sr. João Pedro Stédile”. O economista foi um dos fundadores do MST e incitou, em vídeo publicado pelo movimento, os trabalhadores sem terra a invadir fazendas.
Além do ofício a Sarrubbo, a Frente Parlamentar Agrícola também pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, investigar Stédile. Os ruralistas também querem que o presidente do TCU, Bruno Dantas, tome providências.
“O Brasil não pode assistir calado a uma ameaça grave ao Estado de Direito, a uma ameaça grave ao direito à propriedade, uma ameaça grave à nossa Constituição e mais uma vez um clima de insegurança no campo para os nossos produtores rurais”, disse o presidente da Frente Parlamentar, o deputado Pedro Lupion.
Em vídeo publicado para a campanha do MST “Abril Vermelho”, Stédile falou sobre as famílias assentadas no Brasil e que a conquista da terra não ocorreu por meios governamentais.
“Só houve reforma agrária porque as famílias lutaram, se organizaram, ocuparam a terra e pressionaram o governo a desapropriar”, afirmou o militante.
Conforme mostrou o Radar, a fala de Stédile deu sobrevida a Comissão Parlamentar de Inquérito do MST. A bancada ruralista pressiona o presidente da Câmara, Arthur Lira, para que a CPI seja instalada.