Até o fim do ano o Brasil poderá ser detentor de uma triste marca: a de país com a tarifa de energia mais cara do mundo. O prognóstico é o do diretor do Instituto Ilumina, Roberto D’Araújo.
Em junho, a Agência Internacional de Energia divulgou balanço relativo às tarifas do ano passado e o Brasil figurava no segundo lugar do ranking da energia mais cara, atrás apenas da Alemanha, país que tem uma bacia hidrográfica menor que a nossa, menos sol e menos vento.
Segundo D’Araújo, a tarifa com valores exorbitantes é também uma espécie de apagão porque a população perde o acesso à energia simplesmente por não ter como pagá-la. Ainda segundo ele, culpar a falta de chuvas para as bandeiras vermelhas da Aneel seria ignorar a má gestão do sistema e da oferta de energia.
“É preciso rejeitar a confortável atribuição de culpa a São Pedro. Evidentemente, novos encargos surgiram para socorrer a oferta mal programada e encarecer o preço da energia, sinal de que o sistema mercantil não está seguindo o plano traçado”, afirmou.