Com dificuldade de fechar as contas, a Santo Antônio Energia, que controla usina do mesmo nome do Rio Madeira, aguarda há um ano e meio um aporte de 174 milhões de reais por parte da Cemig e da Saag, da Andrade Gutierrez.
O valor diz respeito à fatia que caberia acionistas, que tem 10% e 12,4% do negócio, respectivamente, num aumento de capital aprovado em outubro de 2014.
Mas as empresas discordaram da capitalização e instauraram um procedimento arbitral – até agora, sem julgamento. Elas não querem colocar o dinheiro, nem que sua participação no negócio seja diluída.
O montante é relevante para a usina, que fechou 2015 um buraco de 500 milhões de reais entre os recursos que devem ser desembolsados nos próximos 12 meses e aqueles previstos para entrar no caixa.
Em março, foi aprovado um novo aumento de capital de 390 milhões de reais, que novamente não contou com o apoio de Cemig e Andrade e foi integralizado apenas demais sócios: Eletrobras (40%), Caixa (20%) e Odebrecht (18,6%).
A expectativa é novas capitalizações sejam necessárias nos próximos meses.