Cheio de pretensões, Fernando Collor, pré-candidato à presidência, não tardou em chamar Lula de “extremista”, como Jair Bolsonaro. O senador quer se vender como uma figura moderada.
Mas, ainda que tenham tido suas diferenças nas eleições de 1989, o passado recente de Collor depõe contra essa versão moderada que o senador quer pintar.
Em 2010, o ex-presidente concorreu ao governo de Alagoas surfando na popularidade do petista. Um polêmico jingle de sua campanha dizia o seguinte: “é Lula apoiando Collor, é Collor apoiando Dilma, pelos mais carentes. É Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor, para o bem da nossa gente. É Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor, e os três para o bem da gente”.
É verdade que quando os dois estiveram frente a frente em uma eleição presidencial, sobrou baixaria. Mas as coisas parecem ter mudado: em 2009, Lula rasgou elogios ao alagoano.
Mas como Lula será julgado ainda hoje e a pré-candidatura de Collor mais parece balão de ensaio, talvez eles nem se encontrem em um debate presidencial.