O CNJ vai analisar nesta terça-feira, 16, as decisões do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que afastou dos cargos nesta semana quatro magistrados que atuaram na Operação Lava-Jato.
Dois desembargadores do TRF-4, Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, são alvos do órgão por desrespeitar decisões do STF “de forma deliberada” e reiterada, assim como Danilo Pereira Júnior, atual juiz titular da 13ª Vara Federal.
Substituta de Sergio Moro na Lava-Jato, Gabriela Hardt foi afastada, segundo Salomão, por burlar a ordem processual, violar o código da magistratura, prevaricar e burlar decisões do Supremo, segundo decisão de Salomão.
As investigações do CNJ ainda citam suspeitas de peculato e corrupção que envolvem a juíza e o caso da famosa fundação que seria criada por integrantes da força-tarefa da Lava-Jato utilizando recursos — 2,5 bilhões de reais — de uma multa aplicada contra a Petrobras nos Estados Unidos por causa da corrupção instalada na estatal nas gestões de Lula e Dilma Rousseff.
O forte teor das decisões assinadas por Salomão provocou reações de entidades da magistratura nesta segunda-feira. A Ajufe, por exemplo, saiu em defesa de Hardt e dos demais magistrados dizendo que eles “possuem conduta ilibada e décadas de bons serviços prestados à magistratura nacional, sem qualquer mácula nos seus currículos, sendo absolutamente desarrazoados os seus afastamentos das funções jurisdicionais”.