Ao longo de 2016, a maior parte dos depósitos em dinheiro na conta do então motorista do deputado Flávio Bolsonaro foi feita logo depois de a Assembleia Legislativa do Rio efetuar o pagamento de seus funcionários.
Em maio, por exemplo, os salários foram pagos pela Alerj no dia 11, data em que houve três depósitos em favor de Fabrício de Queiroz, o assessor que movimentou 1,2 milhão durante um ano.
Dos cinco créditos em espécie registrados na conta do motorista em junho, quatro ocorreram nos dias 14 (quando a Alerj quitou os salários) e 15.
Como VEJA revelou, sete funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro ajudaram a engordar as contas do velho amigo do deputado e de seu pai, Jair Bolsonaro.
As coincidências entre datas de pagamento e de depósitos reforçam a suspeita de que uma parcela dos salários de funcionários do gabinete do parlamentar ia parar na conta de Queiroz.
(por Fernando Molica)