Comissão pós-8 de janeiro discute criminalizar apologia a golpe e tortura
Projeto do senador Rogério Carvalho (PT-SE) prevê aumento de pena quando o autor for agente político e se houver uso de perfis falsos e robôs nas redes
![Comissão de Impeachment da presidente Dilma Roussef, parlamentares aprovam requerimento a favor do Impeachment. Jair Bolsonaro (PSC-RJ), comemora resultado.](https://gutenberg.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/10/comissao-pro-impeachment-bolsonaro-2016-7899.jpg?quality=90&strip=info&w=1125&h=720&crop=1)
A Comissão de Defesa da Democracia (CDD), instalada no Senado como uma resposta aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, pode votar nesta quinta, a partir das 10h, projeto de Rogério Carvalho (PT-SE) que torna crime fazer apologia à tortura, a torturadores e à instauração de um regime ditatorial no país.
O texto prevê de três a seis meses de prisão e multa. Se o autor for agente político, membro do Poder Judiciário ou do Ministério Público, o tempo de prisão sobe para seis meses a um ano. Usar perfis falsos ou robôs para divulgar o ato nas redes aumenta a pena pela metade.
A relatora do projeto, Teresa Leitão (PT-PE), afirma em seu parecer que, com o aumento da polarização política no Brasil, “observamos o surgimento de discursos de ódio, violentos e que defendem o retorno da ditadura militar no país, assim como celebram figuras ligadas a atos de tortura durante aquele período sombrio da nação”.
“Essas manifestações, indubitavelmente, acabam estimulando o crescimento de grupos radicais que se opõem à democracia e à ordem constitucional”, acrescenta.