O presidente da CPI das Pirâmides Financeiras, Aureo Ribeiro, remarcou para a próxima quinta-feira a convocação de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, e disse que, se faltarem novamente à comissão, buscará viabilizar sua condução coercitiva à Câmara.
Ronaldinho pediu um habeas-corpus ao STF para livrá-lo da obrigação de comparecer ao colegiado, mas teve apenas garantidos os direitos de não se autoincriminar, ser assistido por advogado e ser tratado com dignidade.
Os deputados querem ouvir o depoimento do craque da seleção brasileira pentacampeã do mundo em 2002 sobre suspeitas de fraude envolvendo a empresa 18k Ronaldinho, da qual ele foi garoto-propaganda.
Segundo o autor do requerimento de convocação, Ricardo Silva, o site da 18k Ronaldinho apresentava a empresa inicialmente como “uma marca de relógios esportivos (…) bem-sucedida no Estados Unidos” e, em 2019, já em parceria com o ex-jogador, teria se transformado em um “canal digital de trading e criptoativos com remuneração em multinível”, com promessas de ganhos diários de 2% para seus clientes.
“Em outubro de 2019, no entanto, a empresa foi apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como pirâmide financeira. Ronaldinho Gaúcho se defendeu afirmando que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Fato é que, mesmo após o rompimento, o ex-jogador esteve envolvido em uma pirâmide e sua imagem, dada sua credibilidade e popularidade, incentivou milhares de pessoas a investir em uma fraude, o que causou prejuízos a elas”, escreve o deputado.