A delação do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa pode ser revista nesta tarde pelo STF.
Costa afirma que o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB), morto em março deste ano, teria recebido 10 milhões de reais em propina para enterrar a CPI da Petrobras em 2009.
A extorsão teria sido para abafar a descoberta de irregularidades nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Novos documentos revelam, entretanto, que, em 2009, Guerra e mais senadores do DEM denunciaram 19 vezes irregularidades na estatal à Procuradoria-Geral da República. Deram até nome aos bois, mas nada foi feito.
Uma das denúncias trata justamente do trecho da delação do ex-diretor: “A Petrobras estimou investimento de US$ 4 bilhões para a construção da refinaria Abreu e Lima, mas em menos de três anos este valor pulou para US$ 12 bilhões, possivelmente inflado justamente em face da ocorrência de sobrepreço em contratos”, diz a peça assinada pelos senadores.
Sérgio Guerra, à época presidente nacional do PSDB, foi o primeiro tucano a aparecer na Lava-Jato.