Delatora revelou como funcionava as “manobras fraudulentas” nas Americanas
Segundo Flávia Carneiro, dados da companhia foram ajustados para adequar os resultados às expectativas de mercado, elevando valor das ações
![CRISE BILIONÁRIA - Lojas Americanas: débitos elevados e pedido de recuperação judicial](https://gutenberg.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/02/SPC367387.JPG.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta para prender dois ex-diretores das Lojas Americanas é estruturada em uma série de provas colhidas no curso das investigações da fraude bilionária na rede varejista.
Além de quebras de sigilo, de perícias em equipamentos eletrônicos e do cruzamento de dados fornecidos pela rede varejista, os investigadores contaram com a delação de Flávia Pereira Carneiro Mota para chegar ao que pode ser a estrutura da ação criminosa na companhia.
Segundo a delatora relatou aos investigadores, as “manobras fraudulentas” iniciavam-se com a equipe de Relações com Investidores preparando um arquivo denominado “Verdes e Vermelhos”, que fazia parte de um “kit de fechamento trimestral”.
O documento, segundo Flávia, “era onde constava a expectativa de crescimento por parte dos analistas de mercado. Quando estas expectativas não eram atingidas, a Diretoria alterava os resultados ‘para não frustrar as expectativas do mercado'”, registra a decisão judicial que autorizou os mandados nesta quinta.