Delegados avaliam que Aragão só jogou para a plateia
A suposta autonomia e antecipação de orçamento que Eugênio Aragão fez foi um mero jogo para a plateia, segundo delegados da PF. Eles entendem que, vá lá, o gesto de mostrar que a PF precisa de autonomia, até valeu, mas simplesmente permitir que o diretor-geral crie delegacias especializadas e haver a liberação de um ano […]
A suposta autonomia e antecipação de orçamento que Eugênio Aragão fez foi um mero jogo para a plateia, segundo delegados da PF.
Eles entendem que, vá lá, o gesto de mostrar que a PF precisa de autonomia, até valeu, mas simplesmente permitir que o diretor-geral crie delegacias especializadas e haver a liberação de um ano de orçamento é um ato tímido e que não resolve o problema da corporação.
De acordo com a Associação Nacional do Delegados de Polícia Federal, é preciso que exista autonomia orçamentária para a instituição (dar um ano é bom para o ano, no ano seguinte, porém, voltam a ficar à mercê), escolha do diretor-geral a partir de lista tríplice indicada pela categoria e com mandato de três e anos e, por fim, que seja garantida a chamada “equipe mínima” de investigação.
Os delegados entendem que, cada um deles, precisa comandar um grupo com pelo menos um escrivão e quatro agentes.
Atualmente, quando precisam investigar algo, têm de pedir a equipe para um delegado regional que ocupa cargo por nomeação assinada pelo ministro da Justiça. Na prática, um cargo político.