No dia 1º de agosto de 2019, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o presidente Jair Bolsonaro lançaram no Palácio do Planalto o “Médicos pelo Brasil”, programa anunciado como substituto do “Mais Médicos”, do governo Dilma Rousseff.
Quase três anos e três ministros da Saúde depois, Bolsonaro promove nesta segunda-feira outro evento no Planalto, desta vez para apresentar os primeiros médicos contratados para o programa — que tem como objetivo estruturar a carreira médica federal para locais de difícil provimento e alta vulnerabilidade.
O edital para a primeira contratação do Médicos pelo Brasil foi lançado no último dia do ano passado, com 4.057 vagas para médicos bolsistas e 595 para tutores médicos.
Dentro do Ministério da Saúde, a demora para tirar o plano do papel foi atribuída à necessidade de instituir a Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde, criada por meio de um decreto em 2020. Conforme a lei que estabeleceu o programa, a Adaps deveria ser a responsável por sua execução.
No lançamento do Médicos pelo Brasil, Mandetta (demitido em abril de 2020) estava sentado entre Bolsonaro e a deputada federal Joice Hasselmann, então líder do governo no Congresso (defenestrada do cargo em outubro de 2019).